Primeira Estação do Samba irá celebrar os 94 anos do Vai-Vai no Carnaval Virtual
A Escola do Povo será enredo do GRESV Primeira Estação do Samba no Carnaval Virtual 2024. Disputando o Grupo de Acesso I, a verde e rosa irá apresentar o enredo “A Primeira Estação é tradição, o samba continua e canta, A escola do Povo”, de autoria de João Canavarros. Confira abaixo a sinopse divulgada pela agremiação: A Primeira Estação é tradição, o samba continua e canta à escola do Povo Sinopse Sentados a sombra de um Velho jequitibá, aos pés do morro onde as histórias ganham vida, o velho Griô, com a sapiência que vos habita, reúne-se com a patota e se recolhem para uma jornada pelo tempo. O velho sambista, com olhos marejados, cheios de vivências, prepara-se para desvelar os segredos da Escola de Samba Vai-Vai e as vielas mágicas do Bixiga. Meus queridos, hoje vou levar vocês a um lugar onde o samba tem alma, tem fé nos grandes e o Bixiga é palco. Laroyê Exu! Agô! Estou entrando na sua casa, a Saracura, o Vai-Vai! Conhecem o Vai-Vai? Ah, moçada, ele é a essência pulsante do nosso samba, onde cada batida do tambor nos conta uma história. No coração do Bixiga, entre batuques para o Orixá, a reza para o santo no altar, o Vai-Vai encontrou seu lar. Nasceu entre as vielas, sob o céu de estrelas, com o samba a ecoar pelos becos, trazendo alegria e esperança aos corações. A comunidade, unida pelo ritmo contagiante, dos pés calejados das peladas no fim de domingo pelo Cai-Cai, das mãos de um grupo de negros e negras, esses da mesma cor que carregamos e honramos, viu nascer uma estrela que brilharia nos palcos do Carnaval. Com mestres sábios, passistas cheios de graça e mães que foram joias do samba, o Vai-Vai desfilou pelas ruas estreitas, levando consigo a magia do samba, pois quem vive aborrecido distrai o bloco carnavalesco Vai-Vai. E o Bixiga, meus filhos, ah, o Bixiga! Um lugar onde a tradição e a modernidade se encontram, onde as ruas antigas guardam segredos e as cantinas acolhem os sonhos. Nas esquinas, o samba ressoa como um convite à celebração, e o Vai-Vai é o guardião dessa festa infinita. Assim, entre pandeiros e pandorgas, o Vai-Vai e o Bixiga dançam juntos, num eterno carnaval, pois escreveram e defenderam em todo caminho e encruzilhada, a luta pelos nossos irmãos açoitados, nunca negou a fé de seu povo, cantou reis, rainhas e imperatrizes, sem diferença. O Vai-Vai fez a festa de um povo em sonho e fantasia, escreveu as linhas de um Brasil esquecido, exaltou sua origem, seus sabores, seus artistas, sua cultura, a música e o samba enfim venceu!...
Franco da Rocha homenageará as comissões de frente no Carnaval Virtual 2024
A ESV Unidos de Franco da Rocha prestará uma homenagem às comissões de frente no Carnaval Virtual 2024. De autoria de Marcos Felipe Reis, a escola irá defender o enredo “Da Tradição ao Espetáculo: Abram Passagem para nossa Comissão de Frente passar” na disputa do Grupo de Acesso I. Confira abaixo a sinopse divulgada pela agremiação: Da Tradição ao Espetáculo: Abram Passagem para nossa Comissão de Frente passar Sinopse Abram Alas! Ou melhor, abram a passagem Passaremos com nossas cortes montadas a cavalo Ornados pelo luxo das grandes sociedades. Abram alas! Pois nossa escola quer passar! E o povo Vai Como Pode pela Vizinha} A tradição então rouba a cena na abertura dos cortejos Quem criou? Não sei! Só sei que meus baluartes querem passar E o povo então irá reverenciar… E um corre-corre toma conta das aberturas As chamadas comissões de frente dão o que falar Baluartes ternados, burrinhas ou musas? Se a primeira impressão que fica, ganha quem causar mais Ah, mas se abrem o desfile, por que não entrar logo no enredo? E teve de tudo: índios, astronautas, mercadores da gloriosa estrela Pouco a pouco, elementos começam a ter forma “Luz, câmera, ação!” São as coreografias ganhando o povão O que importa agora é ser irreverente e ganhar logo no primeiro riso. As comissões ganham mais e mais espaço Coreógrafos entram em cena Abrindo as cortinas do Teatro Quem não se lembra dos escafandros Das gestantes pedindo direito e dos sapinhos do maestro? Era um sobe-e-desce, trepa-trepa de coreografias Que dividiam espaço com o luxo dos leques e das sombrinhas O requinte do balé dos pássaros e da pantera encantada Exaltam os grandes sambistas em Apoteose Onde vamos parar? Acrobacias em cena, é mágica na troca de roupa O homem levitou no monte sagrado, Perdendo a cabeça, pode enfim voar! A emoção de uma raça, de reescrever a história A arte recontando a vida, no teatro da emoção Na ponta dos pés, a mesa vira no palco da avenida. Agora o negócio é ir além Jogo de luzes, sair da pista e ir pra galera É espetáculo, é vibração, classe, mágica E a Franco da Rocha te convida a perguntar: Onde será que vamos...
O legado ancestral do povo preto é o enredo do Império da Carlota para o Carnaval Virtual 2024
Cantando as origens e a história do povo preto, o GRESV Império da Carlota apresentou o seu enredo para o Carnaval Virtual 2024. De autoria de Mateus Brito e Peu Araújo, a escola irá defender o enredo “A Origem de Tudo, Meu Legado Ancestral!”. Confira abaixo a sinopse divulgada pela agremiação: A Origem de Tudo, Meu Legado Ancestral! Nós viemos de um povo muito antigo: são povos, tribos, reinos, luta, bravura, saberes e descobertas. É nosso dever revelar a história escondida e honrar o legado de nossos ancestrais. A Genesis Africana Desde os primórdios da Humanidade, diversos povos construíram seus mitos para explicar a Origem do Mundo. Na tradição oral dos Yorubas, o Criador Supremo a quem chamam Olorum e criador do mundo, fez dele o seu maravilhoso templo sagrado; e coube a Odudua, após Oxalá falhar na criação do homem, a criação de ser humano sadio e vigoroso que fora insuflado por Olodumaré, o senhor do Destino. Orunmilá, também conhecido por Ifá, é fonte do saber originário carregam a boa sorte, o axé e a bem-aventurança para todas as pessoas, sendo capaz de contribuir para o desenvolvimento da sociedade. Do grande continente africano trazemos não só a origem, mas também toda uma crença ancestral que exalta a seu berço sagrado, lugar onde o pensamento floresceu e o conhecimento se fez imortal. O Destino Costumes, hábitos e crenças são de maneira geral o que se entende por cultura, é a manutenção dos fundamentos que representa sabedoria e o legado ancestral. É a afirmação do poder, inteligência, sensibilidade e coragem. O fausto e o luxo dos grandes impérios trazem em símbolos e adornos toda a riqueza das grandes civilizações. Soberania e inteligência, virtudes que os grandes reis e rainhas africanas carregavam consigo; construíram palácios, cimentaram a cultura e a arte; controlavam rotas e caravanas de transporte e comércio, desbravaram mares desconhecidos. São africanos de diferentes partes do continente possuindo habilidades diferenciadas; dominam as técnicas do plantio e criação de animais, eram experientes no trato da terra, no cultivo dos grãos que semeiam a vida que reproduzem a forte ligação entre o homem e a natureza. São exímios conhecedores da manipulação do ouro, da cunhagem e do trato com as pedras preciosas, eram experientes e especializados no trato com metais, sabiam como poucos extrair e fundir metais, o conhecimento era utilizado para produzir joias, utensílios e armas de ferro. Dos africanos oriundos da cultura moura com completo domínio da escrita a pele retinta presente nas terras de Kemet, banhado pelo Nilo, conhecedores dos mistérios, da magia e dos saberes da cura e da longevidade; uma louvação onde história, fé e energia...
Samambaia Guerreira trará o azeite e sua história para o Carnaval Virtual 2024
O GRESV Samambaia Guerreira apresentou o enredo que disputará o Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual. De autoria de Murilo Polato e Lucas Guerra, a plantinha irá defender do enredo “Das olivas sagradas ao banquete virtual: Lambuze-se de azeite nesse carnaval”. Confira abaixo a sinopse divulgada pela agremiação: Das olivas sagradas ao banquete virtual: Lambuze-se de azeite nesse carnaval Apresentação: O Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Samambaia Guerreira lambuza-se no Carnaval Virtual para trazer Das olivas sagradas ao banquete virtual: Lambuze-se de azeite nesse carnaval. Para contar essa história, a Samambaia traz as histórias e lendas da descoberta e revelação da importância do azeite para os povos até chegar na sua importância no nosso cotidiano, nos fornecendo saborosos pratos que encantam toda a humanidade e trazem apetitosos encontros para gloriosos banquetes. Delire-se e lambuze-se na inebriante aventura da Samambaia. Sinopse: Era uma vez uma cidade sem nada. Sem nome, sem vida, indo pra vala. Dois deuses, dos gregos mesmo, afinal estamos começando uma história, resolveram brigar pra ver quem seria o mais mais lá daquelas terras e patronar a cidade. Poseidon quis se exibir dando ao povo o mar. Ninguém entendeu nada do presente que o rei dos mares, já ultrapassado, ofertou ao povo da cidade indigente. Atena viu aquele bafafá todo da chacota que as águas salgadas se tornaram e deu-lhes uma árvore. A troca de olhares foi imediata, quase que uma risadaria tomou conta do lugar. Uma árvore? O que fazer com água salgada e uma árvore? Eis que a explicação veio: era uma oliveira, dali brotariam as azeitonas que produziriam um óleo dourado de sabor único. O povo da cidade sem nome entrou em êxtase pelas azeitoninhas lá na árvore. Aclamaram Atena como patrona da cidade e, já que não tinham nome mesmo, resolveram se tornar Atenas. Viram muita utilidade na plantinha, seus galhos foram tidos como símbolo de vencer e de seu povo fertilizar – e esse povo queria multiplicar, viu – tempos sem internet e televisão, a gente entende. Quem poderia prever que até mesmo em seus corpos iriam passar, para neles brilhar, tal qual “o império do bronze, trabalho lindo”, e a Zeus louvar. Que forma de estranha de louvar um Deus, né? Mas aqui entre a gente: quem somos nós para julgar? Aquele óleo todo se tornou símbolo de paz, que leva a mensagem junto a pomba branca, igual àquela comissão de frente lá de São Paulo, sabe? Virou amuleto (será que é daqui que veio o óleo ungido?), deu proteção e fez negociação, num troca troca gostoso, que é assim que o povo gosta. Quem tem ouro líquido quer...
Caboclo Bernardo é o enredo da Arriba Muchacho para o Carnaval Virtual 2024
Campeã em 2023, o GRESVEM Arricha Muchacho levará Caboclo Bernardo para a avenida virtual em 2024. De autoria de Adalmir Menezes, a escola irá defender o enredo “Caboclo Bernardo – Herói Capixaba Na Barra Do Rio Doce” na disputa do Grupo de Acesso I. Confira abaixo a sinopse divulgada pela agremiação: CABOCLO BERNARDO – HERÓI CAPIXABA NA BARRA DO RIO DOCE Hoje, o samba se apresenta em forma de Auto e traz para a Passarela Virtual a eterna batalha entre o bem e o mal. Eis uma história real de um herói do Brasil, dos tempos do Império, em um cenário de Mata Atlântica onde a natureza é tropical, entre a foz do Watu, o rio Doce, e o sagrado oceano Atlântico. Lá vivia a minha tribo, do tronco Macro Jê, o povo Borun, que usavam botoques nos lábios, nas orelhas, nas narinas – chamados pelos brancos de Botocudo. Eram fortes, guerreiros, bélicos, resistentes e, será que eram antropofágicos? Temidos por outras tribos, pelos invasores brancos e pela Coroa Imperial, foram declarados inimigos a serem dizimados. E assim foram. De arcos, flechas, bordunas e tacapes, bravamente resistiram às forças militares, contra armas de pólvora e cobertores contaminados com gripe, varíola, sarampo. A dizimação dos Botocudos foi quase total; poucos resistiram. Eu sou Bernardo José dos Santos. Entre Kaapis (capim, mato fino, folha delgada), nasci ABA (homem, gente, ser humano, índio) na Vila Augusta de Regência de Linhares, da Capitania do Espírito Santo, e o Aba que nasce na Kaapis é CAPIXABA. “Lará, lará, lará, lará, lará, lará, larálá, lá, lá, lará, lará… Se não fossem os heróis como o Caboclo Bernardo que salvou tantas vidas nas ondas do mar sagrado. A sua fama de herói se espalhou pelo Brasil, ele nasceu em Regência e a sua história daqui saiu. No dia 7 de setembro de 1887, uma forte tempestade no pontal sul, de leste a oeste, o cruzador se encalhou na praia do Espírito Santo. Quem salvou os marinheiros foi Bernardo José dos Santos. Lará, lará, lará, lará, lará, lará, larálá, lá, lá, lará, lará…” (Hino do Caboclo Bernardo – autor: Seu Miúdo.) Eu sou o herdeiro Botocudo, forte e exímio pescador que conhece os atalhos do mar. Na tempestade em que o Imperial Cruzador Marinheiro naufragou, atirei-me ao abismo das águas, amarrei uma corda que ligou o barco à praia, e 128 marinheiros foram salvos. “Salve o Herói!” exclamava o povo de Regência enquanto meu feito corria por Linhares, por Vitória, pela Corte e chegou à Princesa. “Foi o Botocudo o salvador dos marinheiros. Mas como? Ele é dos índios que comiam gente. Vamos chamar de Caboclo Bernardo.”...