Encantados da Serra cantará o ‘Supremo Alafim de Oyó’ no Carnaval Virtual 2024

A representante da região serrana do RJ apresentará o enredo “AJAKÁ – O supremo Alafim de Oyó”, de autoria de Marcio Venancio, na disputa do Grupo de Acesso II do Carnaval Virtual 2024.

Abaixo leia o material divulgado pela agremiação:

AJAKÁ – O Supremo Alafim de Oyó!

Justificativa do enredo

Logo oficial do enredo

Valorizando a nossa cultura religiosa africana e ancestral, a G.R.E.S. Encantados da Serra no Carnaval virtual 2024, Apresenta AJAKÁ – O Supremo e maior Alafim de Oyó.

Rei e Orixás que governou Oyó por duas vezes, amante das artes e das crianças, traz em sua hierarquia um legado de bravura, justiça, força e coragem.

Filho de Oraniã, irmão de Xangô e pai de Aganjú, é cultuado na África e no candomblé no Brasil, especificamente nos terreiros dos Gantois.

É com a sensibilidade, força e bravura de Ajaká, que a Encantados apresenta um tributo e homenagem a esse supremo Alafim.

Sinopse

Eis que raios se cruzam entre as luzes do firmamento de Orum. Trovões estremecem a Terra e fazem pedras rolarem em Ayê.

É um novo tempo, um novo Império a ser criado na África Ocidental; O Império de Oyó!

Fundada por meu pai, Oraniã – Rei da Nação Yorubá e primeiro Alafim de Oyó; essas terras ficaram respeitadas pela sua superioridade do seu exército de cavalaria, pelo comércio de escravos e pelo governo justo e honesto.

Tinha em suas regiões de florestas, sua fauna e flora típicas do Ocidente africano. Animais com leões, elefantes, girafas, entre outros faziam parte da rica fauna local.

Após o reinado de meu pai, sou coroado como segundo Alafim de Oyó. Passo a usar a coroa real. Calmo e Pacífico, tenho amor pelas crianças, admiração pelas artes e tudo tudo que transmite serenidade.

Perco minha coroa para meu irmão xangô que se torna o terceiro Alafim de Oyó.

Xangô passa a governar com rigidez e muita bravura o reino de Oyó. Durante 7 anos ficou à frente do império, e a pedido do povo foi destronado. Era fogo, raio, e trovão.

Durante esse tempo que xangô governou Oyó, eu mudei para outro reino, onde o povo ficou sabendo de todos os meus feitos, e por honras respeito e glória, fui novamente coroado.
Porém a tristeza ainda habitava em meu peito, e pedi para fazer um adê ( coroa ) toda ornada com búzios e fios também com Búzios que escondessem meu rosto. Essa nova coroa tem o nome de Adé Bayânni.

O tempo foi passando, meu súditos aumentando e meu carinho pelas artes e principalmente pelas crianças só aumentava. Ganhei o nome de Dadá Ajaka Bayánni, onde Dadá em Yorubá, representa as crianças cujos cabelos crescem em tufos separados e Bayánni o nome do Adé real que uso.

Construir uma família, casei e nasceu meu primogênito, o qual chamo de Aganju.

Após o reinado de Xangô, o povo de Oyó clama e chama pelo meu nome. Retorno às terras de meu pai e volto a usar o Adé Alafim, e me torno o quarto Alafim de Oyó.

Fui o único a governar Oyó por duas vezes e ganhar dois títulos ( segundo e quarto obá ).

Cumpro a minha missão perante o povo.

Deixo o trono, e entrego meu reinado para meu filho Aganju que se torna o quinto alafim de Oyó.

Meus reinados foram honrados e reconhecidos.

Minha missão foi cumprida e meu legado deixado.

Tenho a nobreza, bravura e sabedoria em meu sangue, assim como um Cágado sou calmo e não tomo decisões por impulso.

Em minhas roupas a cor vermelha predomina com detalhes azul. Tenho cabelo cacheado porém escondido pelo Adé Bayánni, meu símbolo principal é minha coroa de Búzios, me alimento com amala, danço e toco Alujá.

Atravessei oceanos e em terras de Pindorama cheguei. Sou cultuado como Baiani nos terreiros
de candomblé dos Gantois na Bahia de todos os santos e orixás.

Anualmente tenho uma festa em minha homenagem.

Seja pelo povo yorubá, pela nação império dele Oyó, pelos povos africanos e sua religiosidade, ou pelo candomblé – África / Brasil, meu nome, minha história e meus feitos serão eternamente lembrados.

Sou filho de Oraniã, irmão de Xangô e pai de Aganju.

Sou Dadá Ajaka Bayánni.

Sou o supremo Alafim de Oyó!

Author: Lucas Guerra

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